segunda-feira, 28 de julho de 2014

AEE e os Modelos dos Modelos

Realizar a leitura do texto intitulado “O modelo dos Modelos” de Italo Calvino desbrava caminhos que favorecem o aprimoramento do pensar a refletir possibilidades sobre os modelos pensados repetidos e adotados no ambiente escolar.
Calvino idealizou um personagem que tinha como regra construir uma modelo na mente, o mais perfeito, lógico modelo este adaptado aos casos práticos.
A prática desse modelo diferenciava-se da realidade e a regra do senhor Palomar foi aos poucos se modificando percebeu as realidades distintas.
Ao senhor restava apagar da mente os modelos e os modelos de modelos.
A ideia de desconstruir e construir, de refazer, de modificar os modelos faz-se pensar na escola inclusiva que idealiza e organiza o Atendimento Educacional Especializado, este complementa e ou suplementa visando atender o ser, valorizando suas potencialidades e não suas dificuldades, mobilizando as ações do AEE de forma participativa, ativa e dinâmica.
Seu modelo é organizar recursos que eliminem as barreiras, possibilitando aos alunos o desenvolvimento de sua autonomia segundo suas peculiaridades.
A quebra dos modelos práticos oportuniza o olhar a complexidade e a singularidade dos envolvidos, viabiliza também de forma significativa a emancipação do ser, a construção de novos saberes conforme o contexto de cada um, pois a escola é um espaço de e para todos se desenvolverem, lugar de crescimento.




CALVINO, Italo: O Modelo dos Modelos, texto disponibilizado na disciplina de Metodologia Cientifica do Curso de Formação Continuada de Professores para o Atendimento Educacional Especializado (AEE). AEE UFC? SECADI UAB? MEC. Versão 2013

  Coletania UFC-MEC: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sobre Pés-Columbinos



Foto colorida e horizontal destaca, ao centro, da canela para baixo, uma perna esquerda masculina pintada de roxo, com o pé plantado no chão, e a direita pintada de vermelho e cruzada sobre a esquerda. Ao fundo, imensas, duas flores de cinco pétalas vermelhas e miolo amarelo vivo, com cinco filetes alaranjados na base e marrons na ponta. À direita, tocando a planta do pé vermelho, uma pequena flor de seis pétalas longas, toda amarela. Por trás das pernas e das flores, ampliado e desfocado, parte dos contornos de pétalas e botões de flores arredondados, roxo-azulados.
Composta por onze fotografias de Leandro Michel Antonelo Pereira, Pés-Columbinos apresenta obras que criam um diálogo entre os princípios do prazer e da realidade. “A columbina representa a paz, esmagada pela rosa de Hiroshima, libertada pela aceitação do nosso cisne negro e ressurgida na superação da guerra entre o masculino e o feminino, o yin e o yang. A atmosfera escura de algumas fotos é o complemento das que apresentam uma linguagem mais clara e aberta, possibilitando se pensar sobre diversos temas da existência humana”, explica Leandro. O artista trabalha com pinturas e fotografias desde 1995 e expõe desde 2011.

Referência:http://tagasblog.wordpress.com/

Áudio-descrição

Áudio-descrição Natal da Turma da Mônica



Referência: Youtube

Áudio-descrição

Natura Naturé com Audiodescrição - Iguale




Referência: http://www.iguale.com.br/sessao.php?categoria=3



domingo, 20 de outubro de 2013

Blocos Lógicos podem favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual

Visitei o blog http://rosangelavalipsicopedagogia.blogspot.com.br/  e veja que postagem extraordinária:

Matemática com Blocos Lógicos
Como professora e psicopedagoga, ressalto a importância de conduzir a criança à organização do pensamento, sua relação com cada ação individual e coletiva e a composição de resultado que se experimenta do concreto para a abstração no campo matemático. Trago aqui um pouco de fundamentação histórica e atual com destaque à prática pedagógica com BLOCOS LóGICOS nos anos iniciais.
(Rosangela Vali)


A geometria exige uma maneira específica de raciocinar, explorar e descobrir, fatores que desempenham importante papel na concepção de espaço pela criança.
As figuras geométricas mais conhecidas pelos alunos são o quadrado, o retângulo, o triângulo e o círculo.
Nas classes de educação infantil, os blocos lógicos, pequenas peças geométricas, criadas na década de 50 pelo matemático húngaro Zoltan Paul Dienes, são bastante eficientes para que os alunos exercitem a lógica e evoluam no raciocínio abstrato. Foram utilizados de modo sistemático com crianças pelo psicólogo russo Vygotsky (1890-1934), quando ele estudava a formação dos conceitos infantis.
Eles facilitarão a vida dos alunos nos futuros encontros com números, operações, equações e outros conceitos da disciplina.
Sua função é dar aos alunos ideias das primeiras operações lógicas, como correspondência e classificação. Essa importância atribuída aos materiais concretos tem raiz nas pesquisas do psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980).
Segundo Piaget, a aprendizagem da Matemática envolve o conhecimento físico e o lógico-matemático. No caso dos blocos, o conhecimento físico ocorre quando o aluno manuseia, observa e identifica os atributos de cada peça.
O lógico-matemático se dá quando ela usa esses atributos sem ter o material em mãos (raciocínio abstrato).
Os blocos lógicos foram criados na década de 50 pelo matemático húngaro Zoltan Paul Dienes e são eficientes para que os alunos exercitem a lógica e evoluam no raciocínio abstrato.

Constituem um material extraordinário para estimular na criança, a análise, o raciocínio e o julgamento, partindo da ação, para então desenvolver a linguagem. De 1890 a 1934 foram utilizados de modo sistemático com crianças pelo psicólogo russo Vygotsky, quando ele estudava a formação dos conceitos infantis.

Os blocos lógicos constituem-se de caixas contendo 48 peças divididas.
Os atributos são: três cores (vermelho, amarelo e azul), dois tamanhos (pequeno e grande), duas espessuras (fino e grosso), quatro formas (retangular, quadrada, triangular e circular).
*Desenhe no quadro-negro uma tabela para fazer juntamente com os estudantes a classificação dos Blocos Lógicos.


*Crie com os alunos os símbolos que irão representar os atributos na tabela.




Após a criação dos símbolos, aponte no quadro os atributos para que os estudantes possam separar as peças de acordo com a sua escolha. Por exemplo: se apontar a cor vermelha, os estudantes deverão separar todas as peças vermelhas. Ao mesmo tempo em que aponta para o atributo, diga o nome dele. Ou seja, se apontar para o "P", diga "pequeno". Para que os alunos abstraiam os atributos, é preciso que as peças não sejam mostradas neste momento.
Diga para os estudantes que eles irão brincar com um jogo, chamado "Siga o comando", cuja regra é seguir os comandos dados pelo professor.
Primeiro trabalha-se apenas com um atributo, depois com dois e assim por diante. Veja como podem ser dados os comandos: separem todas as peças azuis; agora, separem dessas peças azuis, as peças finas; dessas peças finas, separem as peças grandes; agora, que restam poucas peças, quero a peça quadrada.
Nesse exemplo, trabalha-se com todos os atributos: cor, espessura, tamanho e forma. Veja que existem 48 possibilidades diferentes para se dar os comandos.

SUGESTÕES DE USO
1-O professor distribui a caixa com os os blocos lógicos. Orienta a criança para que explore o material, olhe, manuseie e brinque.
2-Em conversa informal, o professor distribui a caixa com os blocos introduz a terminologia classificativa de cada peça de acordo com cores, formas, tamanho e espessura.O professor sugere questões para que cada peça fique no seu lugar. Cada aluno terá de pensar lá consigo: Qual a coluna que pode conter a peça que tenho na mão? E qual a fila que pode conter a mesma peça? E depois de descobrir ambas, e achar o seu cruzamento, o aluno fez a intersecção de conjuntos.
3-Empilhando peças:
4-Blocos lógicos espalhados pelo chão e os alunos em círculo, um aluno pega a primeira peça e coloca no meio e depois os outros vão empilhando as peças umas por cima das outras de forma a não derrubar a torre. A moral é que os alunos vão ter que ir escolhendo as melhores peças para não deixar cair a torre.
5-Blocos lógicos espalhados pelo chão, formar o conjunto das peças que não são triângulos. Esse jogo familiariza a criança com a negação, com o conjunto complementar.

Fonte:http://viannay25.blogspot.com.br



Mais sugestões de atividades e jogos:

Explorando as figuras geométricas:
Objetivo – 
• Compreender e desenvolver as noções básicas das figuras geométricas.
• Desenvolver conceitos, semelhanças e diferenças, comparações, identificações das formas
• Seqüência de cores e formas.

Desenvolvimento –
1ª etapa - Fazer a apresentação em roda dos blocos lógicos, mostrando as formas, nomeando e manuseando as formas para fazer o reconhecimento.
Fazer um levantamento de informações, fazendo perguntas: explorando cor, forma e espessura.

2ª etapa – Entregar uma caixa de blocos lógicos para cada mesa e propor um desafio. Construir a torre mais alta possível com o material disponível, e que a torre não pode cair.

3ª etapa – Para refletir sobre a etapa anterior, propor que a turma examine as construções. Na torre anterior que tipos de peças foram usadas? Por que ela ficou mais alta? Se uma das torres tiver caído, levar a classe a entender o porquê?

4ª etapa – Reunir novamente os objetos e organizar um novo jogo. Agora um dos grupos terá de pegar a figura no menor tempo possível, a figura descrita pelo outro grupo.

5ª etapa – Propor agora as crianças que observem as cores dos blocos e pinte a seqüência de acordo com as cores.




domingo, 8 de setembro de 2013

Comunicação Alternativa

Os Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS) formam um sistema de comunicação completo com mais de 11.000 símbolos e foram originalmente desenhados para criar, rápida e economicamente, recursos de comunicação consistentes e com acabamento profissional. São utilizados extensivamente em inúmeros tipos de atividades de aprendizado e pesquisas científicas. Os símbolos PCS apresentam grande transparência e inteligibilidade e foram criados no início dos anos 80 pela fonoaudióloga americana Roxanna Mayer Johnson, compondo atualmente o conjunto de símbolos mais difundido em todo o mundo.
Embasamento científico:A ISAAC - International Society for Augmentative and Alternative Communication, associação mundialmente conceituada e respeitada no campo da Comunicação Alternativa publica há anos o AAC Journal que apresenta importantes pesquisas sobre comunicação alternativa e muitas delas apresentam trabalhos sobre os três sistemas simbólicos mais difundidos em todo o mundo: o PCS, o Blissymbols e o Rebus. Da mesma forma, a ASHA - American Speech-Language-Hearing Association possui um extensa relação de pesquisas envolvendo o sistema de símbolos PCS.
Utilizados por terapeutas brasileiras também desde a década de 80, encontramos no Brasil uma extensa produção científica que refere os símbolos PCS em trabalhos universitários, em programas de especialização, mestrado, doutorado e outros apresentados em congressos, como aqueles organizados pelo capítulo brasileiro de sócios da ISAAC Internacional, a ISAAC Brasil.
Símbolos PCS

Exemplo de prancha de comunicação
com símbolos PCS

Características da simbologia PCS:
• Desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento;
• Adequados para usuários de qualquer idade;
• Estão divididos em seis categorias de palavras: social, pessoas, verbos, descritivo, substantivos e miscelânea;
• Facilmente combináveis com outros sistemas de símbolos, figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados;
• Extremamente úteis numa grande variedade de atividades e lições.
• Disponíveis através dos softwares Boardmaker e Escrevendo com Símbolos.
No Brasil, nos últimos 14 anos os símbolos PCS se popularizaram com a introdução dos recursos traduzidos, e vêm sendo amplamente utilizados por educadores em muitas instituições e escolas e por terapeutas que trabalham com a Comunicação Alternativa.
Clientes que utilizam os símbolos PCS através do Boardmaker ou Boardmaker com Speaking Dynamically Pro:
  • 46 Universidades;
  • 635 Instituições, Hospitais e Escolas Particulares;
  • 484 Terapeutas;
  • Mais de 23.300 Escolas Públicas.
*Posição em outubro/2011
Fonte: http://www.clik.com.br/mj_01.html

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A funcionalidade do professor do “AEE” (Atendimento Educacional  Especializado) deve assumir a postura de frequente  interlocutor em busca do acolhimento, da aprendizagem, do acompanhamento e da avaliação no que diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem do aluno público do AEE, desafiando-o a desenvolver o intelecto e a autonomia pessoal.
O espaço da sala multifuncional é organizado com móveis e materiais, jogos funcionais para favorecer e objetivar a eliminação das dificuldades apresentadas pelos alunos especiais.
Enquanto a  atuação do professor na sala multifuncional  tem um olhar voltado na perspectiva de práticas de inclusão , fazendo uso de professor acolhedor, pesquisador, desafiador, estimulador, desempenhando o papel de adquirir, construir, produzir materiais didáticos específicos as necessidades especiais de cada aluno em atendimento.

Constata-se que é importante considerar essas atribuições do professor do  AEE  e esclarecer que é imprescindível reservar tempo e disposição para o estudo de caso que encaminhará de forma efetiva a construção do plano de atendimento educacional especializado que permita a evolução de cada aluno em suas particularidades.